Mais processos da " Ação Meio Ambiente - Mudando o Meio" que aconterá no dia 21 de setembro no Parque do Matão. Bricoli interpreta a Árvore, feita por ele mesmo com material reciclável.
... a árvore que vira papel pra depois virar árvore novamente ...
Comments
3 Responses to “Árvore.”
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o bri arraza. Tenho orgulho de ser seuamigo bri.
11 de setembro de 2010 às 15:28bjs migowww.
Realmente, o Bri arrasou nessa árvore! e olhe que a gente não dava nada por aquele monte de arame retorcido... hahahaha
12 de setembro de 2010 às 09:29que legal amigo brócules rs, lembra que eu te chamava assim? tá vendo, agora você está mais brócules ainda rs
12 de setembro de 2010 às 11:31lindo demais, adorei. sou apaixonado por este tema. Segue um conto que inspirou três performances que inclui uma vasta equipe. espero que curta e que sua árvore te dê muitos frutos.
abraços!
ARVORAR
Uma vez olhando para minha janela percebi que algo de estranho acontecia com a rua. Os galhos das árvores moviam-se como se estivessem sendo balançadas por uma tempestade, mas nenhum vento soprava. Corri para mais perto e espantei-me ao ver que as árvores caminhavam pelas ruas. Elas se arrancavam do chão, arrebentando as calçadas e derrubando postes. Suas raízes moviam-se como cobras deslizando e se enroscando nas raias da cidade. Laçavam e esmagavam todas as pessoas que encontravam pelo caminho. Era o fim da raça humana no planeta. Mesmo sabendo que seria consumido, fui ao encontro da amendoeira que plantei quando tinha apenas seis anos de idade. Ela ficava em frente à janela do meu quarto. Desviando de suas raízes para que não fosse devorado, pulei no balanço que meu pai havia feito, e por ele subi até o ponto mais alto. Ela parecia não me reconhecer. Contorcia-se balançando sua imensa cabeleira para que eu caísse às suas raízes. Segurando firme, eu consegui percorrer, com ela junto a centenas de outras árvores, por íngremes e distantes montanhas. Mas o passeio não durou muito tempo. Eu já não tinha mais força para lutar contra ela. Caí como uma amêndoa madura no chão. Os corpos esmagados serviram de adubo, deixando a terra cada vez mais verde. O meu fim tinha cheiro de terra. O meu recomeço tinha gosto de água. Minha voz se desfazia em vento e meus cabelos tocavam o céu.
clênio magalhães
segundo lugar categoria conto
concurso internacional de literatura arnaldo giraldo
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